segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Manual de Práticas Sustentáveis


“Mobilidade Sustentável é a habilidade de satisfazer as necessidades de deslocamentos de uma sociedade sem  sacrificar os valores socioambientais essenciais para a nossa vida, hoje e no futuro.”



A Believe Comunicação Viva, junto a Fundação Getúlio Vargas, lançou o Manual SOS Sustentabilidade. O guia visa uma conscientização das empresas e sociedade em geral sobre a importância das práticas socioambientais no dia a dia. A agência de comunicação, com foco em projetos de sustentabilidade corporativa, afirma que o manual é um bom começo para a mudança ou manutenção de hábitos sustentáveis.

“O manual é interativo e de fácil leitura para os iniciantes e também instrutivo para aqueles que já têm hábitos sustentáveis”, recomenda Lincoln Paiva, diretor da Believe Comunicação Viva e idealizador do Manual.

O guia pode ser usado em empresas, ONGs e comunidades, além de escolas e bibliotecas públicas para a formação de alunos e orientação de professores e diretores.

Pequenas ações para um mundo sustentável
Exemplificando como uma pessoa pode dar pequenos passos rumo a uma responsabilidade socioambiental mais consistente, o guia de prática sustentáveis apresenta de maneira simples algumas dicas que podem levar a uma efetiva mudança. Da água utilizada em casa aos produtos de limpezas que em sua maioria não são biodegradáveis, o guia dá um subsidio didático para quem quer contribuir com um ambiente de vida mais saudável e preservado.

A Believe Comunicação Viva, que idealizou o manual, utilizou ao longo do ano passado uma manutenção interna direcionada a uma rotina mais eco-friendly: “Na agência, já havíamos definido que publicaríamos um livro de dicas sustentáveis, algumas práticas da própria agência que havíamos realizado ao longo de 2008, mais algumas dicas para implantação de um programa de mobilidade sustentável dentro da empresa”, afirma Lincon.


Faça o Download do Manual
http://www.ecodesenvolvimento.org.br/biblioteca/guiasefolhetos/manual-de-praticas-sustentaveis



Fonte:
http://www.ecodesenvolvimento.org.br/

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Mude o Mundo!

 Atualmente o assunto Aquecimento Global se tornou algo de responsabilidade de cada um de nós, diminuir seus efeitos para podermos ter uma vida melhor e quem sabe ter a certeza de que ao menos tentamos deixar um mundo melhor para as próximas gerações, passou a ser obrigação e não somente uma escolha de cada um de nós.
Pesquisando o tema na Internet, encontramos uma rede de informações maravilhosas para quem realmente já se tornou consciente de suas novas responsabilidades com o planeta.
Extraído do site www.mudeomundo.com.br seguem 50 ações SIMPLES que podemos aplicar em nosso dia-a-dia:

1.            Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes
Lâmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente. Assim, você economizará 136 quilos de gás carbônico anualmente.

2.            Limpe ou troque os filtros do seu ar condicionado
Um ar condicionado sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano.

3.            Escolha eletrodomésticos de baixo consumo energético
Procure por aparelhos com o selo do Procel (no caso de nacionais) ou Energy Star (no caso de importados).

4.            Não deixe seus aparelhos em standby
Simplesmente desligue ou tire da tomada quando não estiver usando um eletrodoméstico. A função de standby de um aparelho usa cerca de 15% a 40% da energia consumida quando ele está em uso.

5.            Mude sua geladeira ou freezer de lugar
Ao colocá-los próximos ao fogão, eles utilizam muito mais energia para compensar o ganho de temperatura. Colocar roupas e tênis para secar atrás deles então, nem pensar! Mas isso ninguém mais faz hoje em dia… faz?

6.            Descongele geladeiras e freezers antigos… se é que você ainda tem um!
Se for o caso, considere trocar de aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais antigos, o que subsidia o valor do eletrodoméstico a médio/longo prazo.

7.            Feche suas panelas enquanto cozinha
Simples, não? Ao fazer isso você aproveita o calor que simplesmente se perderia no ar. Já as panelas de pressão economizam cerca de 70% do gás utilizado!

8.            Use a máquina de lavar roupas/louça só quando estiverem cheias
Caso você realmente precise usá-las com metade da capacidade, selecione os modos de menor consumo de água. Se você usa lava-louças, não é necessário usar água quente para pratos e talheres pouco sujos. Só o detergente já resolve.

9.            Tome banho de chuveiro
E de preferência, rápido. Um banho de banheira consome até quatro vezes mais energia e água que um chuveiro.

10.          Use menos água quente
Aquecer água consome muita energia. Para lavar a louça ou as roupas, prefira usar água morna ou fria.

11.          Pendure ao invés de usar a secadora
Você pode economizar mais de 317 quilos de gás carbônico se pendurar as roupas durante metade do ano ao invés de usar a secadora.

12.          Nunca é demais lembrar: recicle
Recicle no trabalho e em casa. Se a sua cidade ou bairro não tem coleta seletiva, leve o lixo até um posto de coleta. Lembre-se de que o material reciclável deve ser lavado (no caso de plásticos, vidros e metais) e dobrado (papel).

13.          Faça compostagem
Cerca de 3% do metano que ajuda a causar o efeito estufa é gerado pelo lixo orgânico doméstico. Aprenda a fazer compostagem: além de reduzir o problema, você terá um jardim saudável e bonito.

14.          Reduza o uso de embalagens
Embalagem menor é sinônimo de desperdício de água, combustível e recursos naturais. Prefira embalagens maiores, de preferência com refil. Evite ao máximo comprar água em garrafinhas, leve sempre com você a sua própria.

15.          Compre papel reciclado
Produzir papel reciclado consome de 70 a 90% menos energia do que o papel comum, e poupa nossas florestas.

16.          Utilize uma sacola para as compras
Sacolinhas plásticas descartáveis são um dos grandes inimigos do meio-ambiente. Elas não apenas liberam gás carbônico e metano na atmosfera, como também poluem o solo e o mar. Quando for ao supermercado, leve uma sacola de feira ou suas próprias sacolinhas plásticas.

17.          Plante uma árvore
Uma árvore absorve uma tonelada de gás carbônico durante sua vida. Plante árvores no seu jardim ou inscreva-se em programas como o SOS Mata Atlântica ou Iniciativa Verde.

18.          Compre alimentos produzidos na sua região
Fazendo isso, além de economizar combustível, você incentiva o crescimento da sua comunidade, bairro ou cidade.

19.          Compre alimentos frescos ao invés de congelados
Comida congelada consome até 10 vezes mais energia para ser produzida. É uma praticidade que nem sempre vale a pena.

20.          Compre orgânicos
Por enquanto, alimentos orgânicos são um pouco mais caros pois a demanda ainda é pequena no Brasil. Mas você sabia que, além de não usar agrotóxicos, os orgânicos respeitam os ciclos de vida de animais, insetos e ainda por cima absorvem mais gás carbônico da atmosfera que a agricultura “tradicional”? Se toda a produção de soja e milho dos EUA fosse orgânica, cerca de 240 bilhões de quilos de gás carbônico seriam removidos da atmosfera. Portanto, incentive o comércio de orgânicos para que os preços possam cair com o tempo.

21.          Coma menos carne
O metano, emitido por bois e vacas é um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa. Além disso, a produção de carne demanda uma quantidade enorme de água e terras. (Mais informações no site!)

22.          Ande menos de carro
Use menos o carro e mais o transporte coletivo (ônibus, metrô) ou o limpo (bicicleta ou a pé). Se você deixar o carro em casa 2 vezes por semana, deixará de emitir 700 quilos de poluentes por ano.

23.          Não deixe o bagageiro vazio em cima do carro
Qualquer peso extra no carro causa aumento no consumo de combustível. Um bagageiro vazio gasta 10% a mais de combustível, devido ao seu peso e aumento da resistência do ar.

24.          Mantenha seu carro regulado
Calibre os pneus a cada 15 dias e faça uma revisão completa a cada seis meses, ou de acordo com a recomendação do fabricante. Carros regulados poluem menos. A manutenção correta de apenas 1% da frota de veículos mundial representa meia tonelada de gás carbônico a menos na atmosfera.

25.          Dirija com atenção e não desperdice combustível
Escolha as marchas corretas, utilize o freio de mão ao invés do pedal quando possível, desligue o carro quando ele ficar mais de 1 minuto parado. Dessa forma, você economiza dinheiro, combustível e o meio-ambiente.

26.          Lave o carro a seco
Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a lavagem tradicional, que desperdiça centenas de litros a cada lavagem. Procure no seu posto de gasolina ou no estacionamento do shopping.

27.          Quando for trocar de carro, escolha um modelo menos poluente
Apesar da dúvida sobre o álcool ser menos poluente que a gasolina ou não, existem indícios de que parte do gás carbônico emitido pela sua queima é reabsorvida pela própria cana de açúcar plantada. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos. Em cidades como São Paulo, onde no horário de pico anda-se a 10km/h, não faz muito sentido ter carros grandes e potentes para ficar parados nos congestionamentos.

28.          Use o telefone ou a Internet
A quantas reuniões de 15 minutos você já compareceu esse ano, para as quais teve que dirigir por quase uma hora para ir e outra para voltar? Usar o telefone ou skype pode poupar você de stress, além de economizar um bom dinheiro e poupar a atmosfera.

29.          Voe menos
Deixar de pegar um avião apenas uma ou duas vezes por ano faz uma diferença significativa para a atmosfera. Se você não pode se dar esse luxo, que tal neutralizar suas emissões? Você pode fazer o cálculo aqui.

30.          Incentive sua escola, trabalho ou condomínio a reduzir suas emissões
Você pode se tornar um agente de grandes mudanças se, além de reduzir suas emissões também estimular seus amigos a fazer o mesmo.

31.          Economize CDs e DVDs
CDs e DVDs sem dúvida são mídias eficientes e baratas, mas você sabia que um CD leva cerca de 450 anos para se decompor e que, ao ser incinerado, ele volta como chuva ácida (como a maioria dos plásticos)?
Utilize mídias regraváveis, como CD-RWs, drives USB ou mesmo e-mail ou FTP para carregar ou partilhar seus arquivos. Hoje em dia, são poucos arquivos que não podem ser disponibilizados virtualmente ao invés de em mídias físicas.

32.          Proteja as florestas
Por anos os ambientalistas foram vistos como “eco-chatos”. Mas em tempos de aquecimento global, as árvores precisam de mais defensores do que nunca. O papel delas no aquecimento global é crítico, pois mantém a quantidade de gás carbônico controlada na atmosfera.

33.          Considere o impacto de seus investimentos
O dinheiro que você investe não rende juros sozinho. Isso só acontece quando ele é investido em empresas ou países que dão lucro. Na onda da sustentabilidade, vários bancos estão considerando o impacto ambiental das empresas em que investem o dinheiro dos seus clientes. Informe-se com o seu gerente antes de escolher o melhor investimento para você e o meio ambiente.

34.          Informe-se sobre a política ambiental das empresas que você contrata
Seja o banco onde você investe ou o fabricante do shampoo que utiliza, todas as empresas deveriam ter políticas ambientais claras para seus consumidores. Ainda que a prática esteja se popularizando, muitas empresas ainda pensam mais nos lucros e na imagem institucional do que em ações concretas. Por isso, não olhe apenas para as ações que a empresa promove, mas também a sua margem de lucro alardeada todos os anos. Será mesmo que eles estão colaborando tanto assim?

35.          Desligue o computador
Muita gente tem o péssimo hábito de deixar o computador de casa ou da empresa ligado ininterruptamente, às vezes fazendo downloads, às vezes simplesmente por comodidade. Desligue o computador sempre que for ficar mais de 2 horas sem utilizá-lo e o monitor por até quinze minutos.

36.          Considere trocar seu monitor
O maior responsável pelo consumo de energia de um computador é o monitor. Monitores de LCD são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão ficando cada vez mais baratos. O que fazer com o antigo? Doe a instituições como o Comitê para a Democratização da Informática.

37.          Não troque o seu iPod ou celular
Pelo menos enquanto estiverem em bom estado. Se o problema é a bateria, considere trocá-la e descartá-la adequadamente, encaminhando-a a postos de coleta. Gadgets como iPods e celulares trouxeram muita comodidade à nossa vida, mas utilizam de derivados de petróleo em suas peças e metais pesados em suas baterias. Além disso, na enorme maioria das vezes sua produção é feita utilizando mão de obra barata em países em desenvolvimento.
Utilize seus gadgets até o final da vida útil deles, lembre-se de que eles certamente não foram nada baratos.

38.          No escritório, desligue o ar condicionado uma hora antes do final do expediente
Num período de 8 horas, isso equivale a 12,5% de economia diária, o que equivale a quase um mês de economia no final do ano. Além disso, no final do expediente a temperatura começa a ser mais amena.

39.          Não permita que as crianças brinquem com água
Banho de mangueira, guerrinha de bambuchas e toda sorte de brincadeiras com água são sem dúvida divertidas, mas passam a equivocada idéia de que a água é um recurso infinito, justamente para aqueles que mais precisam de orientação. Não deixe que seus filhos brinquem com água, ensine a eles o valor desse bem tão precioso.

40.          No hotel, economize toalhas
Em alguns hotéis, o hóspede tem a opção de não ter as toalhas trocadas diariamente, para economizar água e energia.

41.          Participe de ações virtuais
A Internet é uma arma poderosa na conscientização e mobilização das pessoas. Um exemplo é o site ClickÁrvore, que planta árvores com a ajuda dos internautas. Informe-se e ja!

42.          Instale uma válvula na sua descarga
Instale uma válvula para regular a quantidade de água liberada no seu vaso sanitário: mais quantidade para o número 2, menos para o número 1!

43.          Economize água em suas viagens
A distribuição de água no mundo é extremamente irregular. Em algumas regiões da África é necessário caminhar por mais de dois quilômetros para se encontrar água. O Brasil, que possui um dos maiores reservatórios do mundo, tem um nordeste agonizante pela seca e pela pobreza. Ao viajar para regiões onde a água é escassa, economize mais ainda.

44.          Recicle árvores e cartões de Natal
Todos os anos, toneladas de árvores de madeira ou de plástico são jogadas no lixo, sem contar os inúmeros cartões de natal e caixas de presentes. Incorpore o espírito do natal e reaproveite tudo o que puder no ano seguinte, para que todos sempre tenham um feliz ano novo.

45.          Não peça comida para viagem
Se você já foi até o restaurante ou à lanchonete, que tal sentar um pouco e curtir sua comida ao invés de pedir para viagem? Assim você economiza as embalagens de plástico e isopor utilizadas.

46.          Regue as plantas à noite
Ao regar as plantas à noite ou de manhãzinha, você impede que a água se perca na evaporação, e também evita choques térmicos que podem agredir suas plantas.

47.          Frequente restaurantes naturais/orgânicos
Com o aumento da consciência para a preservação ambiental, uma gama enorme de restaurantes naturais, orgânicos e vegetarianos está se espalhando pelas cidades. Ainda que você não seja vegetariano, experimente os novos sabores que essa onda verde está trazendo e assim estará incentivando o mercado de produtos orgânicos, livres de agrotóxicos e menos agressivos ao meio-ambiente.

48.          Vá de escada
Para subir até dois andares ou descer três, que tal ir de escada? Além de fazer exercício, você economiza energia. Se você vai de elevador, a boa-educação manda que você espere quem ainda está chegando, certo?

49.          Faça sua voz ser ouvida pelos seus representantes
Use a Internet, cartas ou telefone para falar com os seus representantes em sua cidade, estado e país. Mobilize-se e certifique-se de que os seus interesses – e de todo o planeta – sejam atendidos.

50.          Divulgue essa lista!
Envie essa lista por e-mail para seus amigos, divulgue o link do post no seu blog ou orkut, reproduza-a livremente, e, quando possível, cite a fonte. O Mude o Mundo agradece, e o planeta também!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Serra do Japi ou Parque Estadual da Serra do Japi?


Apresentado o  Projeto de Lei 652/2009 pelo deputado Pedro Bigardi, propondo a criação do Parque Estadual da Serra do Japi. O objetivo do projeto é proteger um dos maiores patrimônios da região, principalmente da maciça especulação imobiliária. 

A Serra do Japi é um dos poucos pontos remanescentes de Mata Atlântica ainda existentes no interior paulista, com uma extensão total de cerca de 350 km quadrados, sendo 191,70 km quadrados de área tombada, abrangendo os municípios de Jundiaí, Cabreúva, Cajamar e Pirapora do Bom Jesus. Por ser uma área de encontro entre Mata Atlântica com Floresta de Planalto, a Serra do Japi apresenta uma enorme riqueza em termos de biodiversidade, e valorizando ainda mais essa riqueza, há diversas espécies de borboletas e marsupiais endêmicos, ou seja, que ocorrem apenas na Serra do Japi.

Outro ponto de grande importância é a quantidade de nascentes presentes na Serra que fez com que o ilustre cientista Aziz Ab'Saber a batizasse de "castelo de águas". Para destacar ainda mais a importância de sua preservação, a Serra  é a única floresta tropical do mundo sobre um solo de quartzito. Isso é refletido em alguns títulos que a Serra já apresenta, como Reserva da Biosfera, declarada através da Resolução 11 datada de 8 de março de 1993 pela UNESCO e tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo) em 1983, além de estar incluída como zona de proteção máxima das APA’s Estaduais (Áreas de Proteção Ambiental) de Jundiaí.

Segundo o autor do projeto, se implantado, o Projeto Lei, possibilitará a preservação permanente da Serra do Japi por meio da integração entre as prefeituras que compõem a Serra, o governo do Estado e a sociedade civil organizada, sendo criado também um Conselho Gestor formado por representantes municipais, estaduais e da sociedade civil e a efetiva gestão do parque ficará sob a responsabilidade da Secretaria de Estado do Meio Ambiente por meio do Instituto Florestal.

Como ponto positivo a isso, podemos falar de uma gestão centralizada pela secretaria juntamente com as cidades que englobam a Serra, o que não existe atualmente. Com a criação do Parque Estadual a área de restrição máxima ao uso e ocupação será aumentada, atingindo os quatro municípios: Jundiaí, Cabreúva, Cajamar e Pirapora do Bom Jesus. O que tende a dificultar sua ocupação desordenada.

Tornando-se um Parque, a serra passará a pertencer ao SNUC (Sistema Nacional das Unidades de Conservação) e terá possibilidade de aporte de recursos para preservação. O SNUC estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação, ou seja, discrimina os seus “usos”, a partir da criação de um Plano de Manejo, no Projeto  Lei estão previstos alguns usos para a Serra como; núcleos de pesquisa, de restrição máxima, de recuperação e também de visitação pública.
Reforçando também a idéia da criação do Parque, o Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação e Usos Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo, denominado Projeto Biota, da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), indicou que a Serra foi o único local que recebeu a votação de 800 pesquisadores para que fosse transformada em uma unidade de conservação.

Mas apesar de tudo isso, a Serra do Japi ainda  sofre constantes agressões, com desmatamentos, caças, usos e ocupações desordenados do solo. Isto ocorre, basicamente, porque mais de 90% das terras da Serra do Japi estão em mãos de particulares, desinteressados em promover algum tipo de uso sustentável. Portanto qualquer criação de um aparato legal que busque promover sua preservação é valido, mas vale lembrar que além de leis é preciso envolver os municípios, as ONGs e a sociedade como um todo para esta preservação, em uma gestão participativa entre público e privado.

Tiberê Rodrigues e Thiana Andreotti Ferrarezi